Profeta Sofonias
Significa: Escondido de Deus, ou o Senhor escondeu. Foi um profeta de Judá.
Autor: O próprio. Sofonias 1:1 – Nos dias do rei Josias, filho de Amom.
O tema: O dia do Senhor
Data:Sofonias dá o período de tempo geral do seu escrito como sendo “nos dias de Josias, filho de Amom, rei de Judá” (1.1), cerca de
Sofonias é o único dentre os Profetas Menores, que é descendente real, é tetraneto do rei Ezequias,(um bom rei que levou o povo de volta a Deus durante o tempo do profeta Isaías.) Filho de Cusi, filho de Gidalias, filho de Amarias, filho de Ezequiel. Provavelmente ele tinha acesso ao palácio real para que sua mensagem fosse ouvida.
A condição moral e religiosa do povo estava em nível muito baixo (II Cro.34:35)
Procurou alertar o povo a voltar a Deus antes que fosse tarde demais e o ataque militar e arrasador dos caldeus atingisse todo o povo. Sofonias foi contemporâneo ao rei Josias e seu parente distante, há uma possibilidade que eram amigos.
Contexto Histórico
Aproximadamente 100 ano antes dessa profecia, o Reino do Norte ( Israel) havia sido derrotado pela Assíria. O povo havia sido levado cativo, e a terra havia sido recolonizada por estrangeiros. Sob o reinado de Manassés e do rei Amom, pai do rei Josias, tributos haviam sido pagos para se evitar que a Assíria invadisse o Reino do Sul.
A aliança com a Assíria não somente afetou a Judá politicamente, mas também as práticas religiosas, sociais e de comportamento da Assíria impuseram sua tendências
A religião astral se torno tão popular, que o rei Manassés , construiu altares para adoração do sol, lua , estrelas, signos do zodíaco e todos os astros dos céu, à entrada da Casa do Senhor (2Rs 23.11). A adoração da deusa– mãe da Assíria se tornou uma prática que envolvia todos os membros das famílias de Judá (Jr 7.18). Todavia à medida que o jovem Josias foi tomando conta das rédeas do governo, a ameaça assíria foi diminuindo. O golpe final ao seu poder veio com uma revolta de uma Babilônia em ascensão, que resultou, finalmente, na destruição de Nínive.
Ele escreveu seu livro no ano de
Conteúdo
Sofonias considerava o desenvolvimento político de Israel, de Judá e todas as nações circunvizinhas da perspectiva de que o povo devia aprender que Deus estava envolvido em todos os assuntos da história. Falando como um oráculo de Deus, ele entende que Deus usa governos estrangeiros pra levar julgamento sobre se rebelde povo escolhido. Sofonias está apavorado com o fato de que, após a catástrofe das tribos do Norte, o povo de Judá ainda mantinha a absurda noção de que Deus fosse incapaz de fazer bem ou mal ( 1.12).
Propósito: Era advertir a nação sobre a condenação que se aproximava.
Os escritos de Sofonias tem três componentes:
1) o pronunciamento de um julgamento específico e, freqüentemente, o julgamento universal do pecado; O Dia do Senhor (1:1-2:3)
2) Um apelo ao arrependimento, porque Deus é justo e deseja perdoar; Profecias contra as nações pagãs(2:4-15)
3) uma promessa segundo a qual o restante que fez de Deus seu refúgio será salvo.
O pecado de Jerusalém e a salvação futura.(3:1-20)
1) O Dia do Senhor. (1:1 – 2:3)– “O dia do juízo ou o dia do Senhor ou o dia da ira do Senhor”.
(1:1 a 6) Depois de se apresentar,Sofonias começa bruscamente a sua profecia dizendo que o Senhor vai consumir todas as cousas sobre a face da terra.(1:2,3)Não é uma oração simbólica, mas sim, uma proclamação da futura destruição da terra. O profeta inicia predizendo o fim de tudo e depois recua aos poucos, salientando o julgamento de Deus sobre específicas nações e o seu próprio povo. Contudo a sua declaração introdutória procura despertar Judá e trazê-lo de volta ao caminho reto. Ele será incluído nesse grande holocausto, se não se arrepender.
No v.5 - Malcã ou Maloque é o deus mais identificado com os Amonitas. A fim de agradar a algumas de suas esposas, Salomão introduziu em Israel o culto a Maloque (I Rs 11:7)A adoração a Maloque envolvia sacrifícios de criancinhas.
Cap.1:7 –18 – Este trecho é um dos mais pavorosos dentre todos os dos Profetas Menores. Olhe a narração espantosa sobre “O Dia do Senhor”
1-Dia de indignação- V.15
2–Dia de angústia. V.15
3-Dia de alvoroço e desolação. V.15
4–Dia de escuridão e negrume. V.15
5 - Dia de nuvens e densas trevas. V.15
6- Dia de trombeta e de rebate contra as cidades fortes e contra as torres altas, V.16.
Acrescentando a estas expressões, outras de igual modo assustadoras, o profeta deixa bem claro na mente do leitor que tal tempo será tão extraordinário, que fará do valente um covarde e do corajoso um ser apavorado.
2) Cap.2:4-15 Profecias contra as nações pagãs. Á semelhança de muitos outros profetas,Sofonias também volta a sua atenção às nações pagãs, a fim de reprová-las por causa de seus pecados como a fim de deixá-las sem desculpa quando sobreviesse a ira de Deus.E também a fim de revelar-lhes o fatos que o destino das nações estavam nas mãos de Deus.
3) O pecado de Jerusalém e a salvação futura. (3:1-20) Nos primeiros sete versículos, o profeta anuncia um lamento sobre Jerusalém, e caracteriza seu pecado. Até o vinte anuncia o livramento vindouro.
Cap.3:14-18: O grande dia do SENHOR está perto,e se apressa muito a voz do dia do SENHOR; amargamente clamará ali o homem poderoso. Aquele dia é um dia de indignação, dia de angústia e de ânsia, dia de alvoroço e de desolação, dia de trevas e de escuridão, dia de nuvens e de densas trevas, dia de trombeta e de alarido contra as cidades fortes e contra as torres altas. E angustiarei os homens, e eles andarão como cegos, porque pecaram contra o SENHOR; e o seu sangue se derramará como pó, e a sua carne, como esterco. Nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia do furor do SENHOR, mas, pelo fogo do seu zelo, toda esta terra será consumida, porque certamente fará de todos os moradores da terra uma destruição total e apressada.
Neste trecho, o profeta convida o povo a entoar um hino de louvor ao Senhor. Animado ele pede que Israel cante, e regozije-se e de todo o coração exulte.
V, 19 e 20: A conclusão de Sofonias trata da volta de Israel à sua terra, ao seu lar. Do ponto de vista humano: enfatiza o retorno dos judeus da dispersão; do ponto de vista espiritual: o profeta está predizendo a restauração final e completa da família universal de Deus. O Senhor nos acolherá, o reino será estabelecido e para sempre serviremos e louvaremos unidos ao Rei, nosso Senhor e Salvador. Essas passagens parecem predizer o reino milenar de Cristo (Ap.20:4-6) na terra, depois da tribulação. Depois desse período de paz, segue-se o juízo divino final de satanás e dos habitantes da terra. No final grandioso a glória, Deus nos apresentará um novo céu e uma nova terra de pureza, onde Deus habitará com seu povo (Ap.21: 26).
Cristo Revelado
O significado do nome de Sofonias “ O Senhor Encobriu” conduz ao ministério de Jesus. A verdade da Páscoa no Egito, onde aqueles que foram encobertos pela marca de sangue nas portas foram protegidos do anjo da morte, é repetida na promessa de 2.3, onde aqueles mansos da Terra que preservaram a justiça de Deus serão encoberto no Dia da ira do Senhor. Cl 3.2-3 explica esse aspecto do ministério de Cristo: “Pensai nas coisas que são de cima e não na que são terra; porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.”
O regozijo sobre um restante salvo (3.16-17) está relacionado com a Obra de Jesus. Ele disse:” Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”. (Lc 15.7) A figura de um alegre Redentor que aguarda receber os seus é, novamente, descrita em Hb 12.2.
O Espírito Santo em Ação
Jesus disse que uma das obras do ES seria convencer o mundo do julgamento, porque já o príncipe deste mundo está julgado (Jo 16.8-11). Desde a sua vinda, o ES tem estado proclamando ao mundo, como Sofonias fez: “Congrega-te... Antes que saia o decreto, e o dia passe como a palha; antes que venha sobre vós a ira do Senhor”. (2.1-2).
Uma obra mais prazerosa do Es é encontrada na promessa de que Deus irá restaurar nos lábio puros, para que todos invoquem o nome do Senhor, para que o sirvam com um mesmo espírito (3.9).
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