Estudos livros proféticos cap.03
Capítulo 3
OS ESCRITOS PROFÉTICOS:
a) Psicologia do profeta:
O profeta vocacional é um homem que recebeu um chamado divino para ser mensageiro e interprete da palavra divina; é um homem que teve um encontro pessoal e extraordinário com Deus.
O que realmente importa é a relação entre o profeta e a palavra de Deus. Porque um profeta é um homem que teve experiência imediata de Deus e se sente impelido a falar o que ele está persuadido, é a palavra divina.
A visão que o profeta tem de Deus penetrou toda a sua maneira de pensar, e ele vê as coisas do ponto de vista de Deus, e está convencido de que as vê assim.
Os profetas não eram filósofos: Não construíam uma teoria especulativa a partir de sua observação dos acontecimentos. O que eles diziam era “Assim fala o Senhor”. Acreditavam firmemente que Deus lhes falava, (falava ao ouvido interior, ao sentido espiritual) Ele lhes falava a partir dos eventos que eles experimentavam. A interpretação da história que ofereciam não era inventada por um processo de pensamento; era o sentido que eles experimentavam nos eventos, quando suas mentes estavam abertas para Deus e abertas igualmente ao impacto dos fatos exteriores. Assim, a interpretação profética da história, e ímpeto e direção que essa interpretação dava à história subseqüente, eram igualmente a Palavra de Deus ao homem.
A experiência imediata de Deus, a revelação da santidade de sua vontade, faz do profeta um homem que: “julga o presente e vê o futuro à luz de Deus e é enviado por Deus para recordar aos homens as exigências de Deus e conduzi-los pelo caminho da obediência a Deus e amor a Ele”.Porquanto a mensagem do profeta é sempre endereçada, em primeiro lugar aos seus contemporâneos; é um pregador que fala aos homens da sua própria geração. Mesmo quando prediz o futuro. Esta observação é importante porque supre que toda interpretação de um texto profético que não tivessem sentido alguns para os contemporâneos do profeta é certamente uma interpretação falsa.
b) Critério do profeta autêntico: Em Dt. 18:21 - Dt. 13:1 a 5 - O cumprimento da profecia que deve manifestar-se na linha do puro javismo (Jeová).
2) A literatura profética: Os profetas eram, antes de tudo, pregadores que pronunciavam oralmente os seus oráculos e sermões, com o caráter oral ainda impresso no registro escrito dos seus ditos. Em casos excepcionais, os profetas escreviam (Is. 8:1 a 4;30:8;Ez. 43:11;Jr.35:28)
Os profetas eram mais oradores do que escritores.
Composição dos livros: Tornou-se manifesto que os oráculos e sermões dos profetas foram preservados pelos seus discípulos e finalmente editados por eles.
Os falsos profetas.
Há numerosas referências no AT aos falsos profetas. Por exemplo: quatrocentos falsos profetas foram reunidos pelo rei Acabe (2Cr 18.4-7); um espírito mentiroso achava-se na boca deles. (2Cr 18.18-22).
Segundo a AT, o profeta era considerado falso.
1) Se desviasse as pessoas do Deus verdadeiro para alguma forma de idolatria (Dt 13.1-5);
2) Se pra adivinhação, astrologia, feitiçaria, bruxaria e coisas semelhantes (Dt 18.10,11);
3) Se suas profecias contrariassem as Escrituras (Dt 13.1-5);
4) Se não denunciasse os pecados do povo (Jr 23.9-18);
5) Se predissesse coisas específicas que não cumprissem (Dt 18.20-22).
Note que os profetas, do novo concerto não falavam de modo irrevogável e infalível como os profetas do AT, que eram a voz primacial de Deus no que dizia respeito a Israel.
No NT, o profeta é apenas um dos cinco dons ministeriais da igreja. Os profetas no NT tinham limitações que os profetas do AT desconheciam (1Co 14.29-33), por causa da natureza multifacetada e interdependente do ministério nos tempos do NT.
O movimento profético deita suas raízes no extraticismo de grupos, ou seja, em danças ou outros movimentos físicos repetidos tantas vezes pelos membros do grupo que estes finalmente, chegam a uma espécie de sugestão hipnótica, sob a influência da qual ficam inconscientes durante horas e horas. Podem ter tido uma função no culto, mas não há nada certo quanto a isto. ‘“Profetizavam”, exercitando-se até entrarem em verdadeiros transes de furor; este estado era causado pela música e pela dança, e era contagioso (I Sm. 10:5). Este profetizar (6, 10, 11,13) envolvia, evidentemente, louvor a Deus através de expressões vocais proféticas e cânticos inspirados pelo Espírito Santo. Saul vai ao encontro dos profetas, o espírito de Deus se apossou de Saul. Esse fenômeno é universal na humanidade, sendo encontrado entre os selvagens na antiguidade, e entre as mais altas religiões de hoje. Deus lida pacientemente com os homens, isto é, adapta-se à sua mentalidade, cultura e educação.
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