Profeta Miquéias

Profeta Miquéias

 

Significa: Semelhante a Jeová.

O tema principal: Assalta o perdão de Deus. A mensagem de Miquéias, é semelhante a de Isaías e Amós, falou corajosamente  denunciando os erros das capitais (Samaria e Jerusalém)das autoridades e de todo o povo.(Miquéias 7:6-7).

Profetizou durante o reinado de Jotão, Acaz e Ezequias.

 

Antes das nações de Israel e Judá serem levadas cativas por seus inimigos, Miquéias entrega a palavra de Deus ao povo pecador. Ele discorda a respeito dos falsos profetas, líderes desonestos e sacerdotes ímpios. Proclama a mensagem de advertência de Deus, dizendo que esses pecados terão de ser punidos. O profeta exorta as pessoas a mudarem de atitudes e buscarem o perdão de Deus. Depois revela o grande plano de Deus que visa restaurar a paz e a esperança em seu reino.

 

PERÍODO ASSÍRIO

PERÍODO BABILÔNICO

PERÍODO  PERSA

 Jonas 770 a.C.     Nínive

Amós 760 a.C.        Israel

Oséias 760-700 a.C.Israel

Isaías 740-700 a.C. Judá

Miquéias 737-690 a.C.Judá

Naum  650 a.C.  Nínive

Habacuque  627 a.C. Judá

Sofonias 627-580 a.C. Judá

Jaremias 605-530 a.C.Babil.

Ezequiael 593-57a.C.cativos

de Judá

Ageu 520 a.C.       Judá

Zacarias 520-518 a.C. Judá

Joel      Joel 500 a.C.      Judá

Obadias 500 a.C.   Edom

Malaquias 443 a.C.  Judá

Autor

Miquéias foi contemporâneo de Isaías, no séc. VIII aC. Ambos concentraram seu ministério no Reino do Sul, Judá, incluindo Samaria (Israel) e “as nações” no objetivo das suas profecias. Durante alguns anos, no começo da sua carreira, Miquéias foi, também, contemporâneo de Oséias, um profeta que morava no Reino do Norte. Miquéias viveu numa cidade localizada a cerca de 32 km a sudoeste de Jerusalém e profetizou principalmente naquela região.

O Nome de Miquéias pressupõe uma semelhança com o Senhor: “Quem, ó Deus, é semelhante a ti”. Miquéias era tão sincero e completamente comprometido, que ele até quis ir despojado e nu pra fazer com que sua mensagem fosse compreendida (1.8). A profecia de Miquéias produziu um impacto que se estendeu muito além do seu ministério local. Um século depois, sua profecia foi lembrada e citada (Jr 26.17-19), e acontecimentos ocorridos sete séculos mais tarde atestam a autenticidade da profecia de Miquéias (Mt 2.1-6; Jo 7.41-43).

Miquéias profetizou, de acordo com sua própria declaração (1.1), durante os reinados dos reis do Sul, Jotão (740-731 aC), Acaz (731-716 aC), e Ezequias (716-686 aC). Visto que ele morreu durante a administração de Ezequias e antes da era que coincide em parte com Manassés (696-642 aC), uma data entre 704 e 696 aC parece ser provável a.C.

Contexto Histórico

No período entre o início do reino dividido de Salomão (Israel ao Norte e Judá ao Sul) e a destruição do templo, muito “alto” haviam sido introduzidos em Judá através da influência de Samaria. Isso colocou a idolatria dos cananeus em disputa com a verdadeira adoração no templo do Senhor (1.5). Miquéias mostra como essa degeneração espiritual levará inevitavelmente o julgamento sobre toda a terra. E, embora o rei Ezequias tenha tido uma notável vitória sobre Senaqueribe e o exercito assírio, Judá estava prestes a cair, a não se que a nação se voltasse para Deus, arrependendo-se de todo coração.

 

Conteúdo

O Livro de Miquéias é uma profecia acerca do Senhor, que não tem concorrentes no perdão dos pecados e na compaixão pelos pecadores. Sua fidelidade compassiva mantém um concerto com Abraão e seus descendentes. A “excelência do nome do Senhor” (5.4) está caracterizada, bem como a face do Senhor (3.4), seu louvor (2.9), seus caminhos (4.2), seus pensamentos (4.12), sua força (5.4), suas justiças (6.5; 7.9) e sua conseqüente ira (7.9) e furor (5.15; 7.18) contra todas as formas de rebelião moral.

Na visão de abertura, o Senhor vem desde o templo da sua santidade, para ser testemunha contra o povo (1.2). O fator mais notável no manejo do Senhor da sua causa é quão fundo ele foi para apresentar sua contenda (6.2), até mesmo desejando sentar-se à mesa do réu e deixando seu povo levar qualquer queixa quanto ao modo que o Senhor Deus o tenha tratado (6.3). Além disso, aquele que verdadeiramente se arrepende terá o Senhor como seu advogado de defesa (7.9)

Enquanto a Babilônia ainda não era um poder mundial que podia permanecer independente da Assíria, o cativeiro babilônico (mais de um século depois) foi claramente predito como o julgamento de Deus contra a rebelião feita contra ele (1.16; 2.3,10; 4.10; 7.13). Mas, assim como Isaías, colega de Miquéias, a esperança foi estendida pra um restante a ser restaurado, que seja desse cativeiro ou de um povo espiritualmente restaurado (a igreja) nos dias do Messias (2.12-13; 4.6-7; 5.3,7-8; 7.18). O Senhor libertaria o restante (2.12-13; 4.3-8,10; 5.9; 7.7)

Miquéias tinha de censurar a liderança da nação por destruir o rebanho que lhes foi confiado. Entretanto, a grande compaixão de Deus colore cada uma das suas atitudes e ações em relação ao seu povo, representando-o como uma filha extraviada (1.13; 4.8,10,13), pois sua compaixão, que, uma vez, redimiu a Israel do Egito (6.4), irá também redimir Judá da babilônia (4.10). Sua fidelidade compassiva a Abraão e aos pais (7.20) é atualizada a cada nova geração.

Essa mensagem está focalizada numa única pergunta central para toda a profecia: “Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade e que re esqueces da rebelião do restante da tua herança?” (7.18). A compaixão de Deus (7.18-19) é um atributo precioso a que nenhuma deidade pode se igualar. A compaixão e a fidelidade do concerto são exclusivas a Deus. A esperança do povo de viver sob a completa bênção de Deus estava ligada à vinda de Messias. Deus, em seu amor, prevendo as glórias da sua graça a ser manifesta em Jesus, manteve-se proclamando aquele Dia e reino futuros como o acontecimento no qual o fiel devia por sua esperança.

Cap. 1 a 3 - Miquéias fala contra os reinos de Israel e Judá. Ambos estão vivendo em pecado e franca rebelião contra Deus. Os dois reinos serão levados cativos por causa de seus atos pecaminosos.

 

Cap.4 e 5 - Miquéias também manda que o povo espere ansiosamente pelo tempo em que a nação será forte e poderosa outra vez. Porquanto os judeus têm que sofrer por causa de suas ações e pecados, em breve será a vez de seus inimigos sofrerem. Israel terá um grande REI que nascerá em Belém e trará força e paz.

 

Cap.6 e 7 - Miquéias apresenta as palavras de Deus como se o profeta estivesse em uma sala de tribunal. Deus acusa as pessoas de estarem praticando o mal. Ao invés de só ficar fazendo ofertas e sacrifícios a Deus, o povo deve viver de acordo com a justiça, amor e obediência a Deus. O povo merece ser castigado. Mas o castigo não durará para sempre. Deus ama o povo e cuidará dele, como um pastor cuida de suas ovelhas.

Cristo Revelado

As profecias sobre Cristo fazem o Livro de Miquéias luzir com esperança e encorajamento. O livro se inicia com uma grandiosa exposição da vinda do Senhor (1.3-5). As profecias posteriores afirmarão o aspecto pessoal da sua chegada em tempo histórico. Mas a disposição de Deus para descer e interagir é estabelecida no princípio.

A primeira profecia messiânica ocorre numa cena de pastor de ovelhas. Depois que a terra deles havia sido corrompida e destruída, um restante dos cativos seria reunido como ovelhas num curral. Então, alguém quebraria o cercado e os levaria para fora da porta, em direção à liberdade. (2.12-13). E esse alguém é seu “rei” e “Senhor”. O episódio completo harmoniza-se belamente com a proclamação de Jesus acerca da liberdade aos cativos (Lc 4.18), enquanto, na verdade, liberta os cativos espirituais e físicos.

Mq 5.2 é uma das mais famosas profecias de todo o AT. Ela autentica a profecia bíblica como “a Palavra do Senhor” (1.1; 2.7; 4.2). A expressão “a Palavra” do Senhor (4.2) é um título aplicável a Cristo (Jo 1.1; Ap 19.13). A profecia de Mq 5.2 é, explicitamente, messiânica (“Senhor em Israel”) e especifica seu lugar de nascimento em Belém, num tempo quando Belém era pouco conhecida. Suas palavras foram pronunciadas muitos séculos antes do acontecimento; ele não tinha nenhuma sugestão do lugar a que recorrer.

Outra característica dessa profecia é que ela não pode se referir a apenas qualquer líder que possa ter sua origem em Belém. Cristo é o único a quem ela pode se referir, porque ela iguala o Senhor com o Eterno: “Cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” Esta profecia confirma tanto a humanidade quanto a divindade do Messias de um modo sublime.

A profecia de Mq 5.4-5 afirma a condição de pastor de Messias (“apascentará o povo”), sua unção (“na força do Senhor”), sua divindade (“na excelência do nome do Senhor”) e sua humanidade (“seu Deus”), seu domínio universal (“porque agora será ele engrandecido até aos fins da terra”) e a sua posição como líder de um reino de paz (“E este será a nossa paz”).

O clímax da profecia (7.18-19), mais o versículo final (7.20), apesar de não incluir o nome do Messias, definitivamente referem-se a ele. Na expressão da misericórdia e compaixão divinas, ele é Aquele que “subjugará as nossas iniqüidade”, lançando-as nas profundezas do mar para que Deus possa perdoar os pecados e trocar o pecado pela verdade.

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